Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 3 de 3
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. Subj. (Impr.) ; 17(1): 35-44, jan. 2017.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-897076

ABSTRACT

Os conceitos de discurso e tragicidade nos remetem aos conceitos de ideologia e de sujeito na atualidade. Utilizamos a perspectiva teórica da Análise do Discurso de Michel Pêcheux (1988b) para analisar a constituição do sujeito sob efeito de sentidos entre interlocutores determinados sócio-historicamente e interpelados pela ideologia. A tragicidade do sujeito do discurso sob a perspectiva discursiva pode ser concebida no paradoxo do funcionamento do mecanismo de interpelação, que dá origem ao sujeito. Este, ao mesmo tempo em que se acredita autônomo e livre, tem sua liberdade emaranhada em determinações econômicas ou sociais. A esse sujeito, tomado como "evidência descritiva" da ideologia, contrapõe-se o sujeito que se constitui no discurso. Esse último oferece resistência ao destino trágico do idealismo, cuja função é tentar apagar outros sentidos possíveis. Embora a interpelação pela ideologia mascare o caráter material do sentido - impondo a transparência de sentido, o sentido único -, Pêcheux (1988b), p. 255) traz um alerta sobre a possibilidade de resistência e revolta dentro do processo de assujeitamento, pois, para ele, a ideologia existe "sob a modalidade da divisão, ela só se realiza na contradição". O deslocamento ideológico, o imprevisível, interrompe a perpetuação das repetições do ritual ideológico. Esse acontecimento, sob a perspectiva da psicanálise - que concebe o sujeito como dividido, e não centrado -, permite compreender o sujeito do discurso sob a dimensão de "efeito do significante" (Lacan, 1998, p. 196) e nos leva a concluir que a subjetividade é um lugar que cumpre dupla função: a de evidenciar o assujeitamento e a de evidenciar a subversão do sujeito, rompendo o círculo vicioso do idealismo, fazendo interromper o destino trágico do sujeito capturado pela interpelação ideológica.


The concepts of discourse and tragicness in the present time refer us to the concepts of ideology and subject. We use the theoretical perspective of the Discourse Analysis of Michel Pêcheux (1988b), to analyze the constitution of the subject under the effect of senses between socio-historically determined interlocutors and interpellated by the ideology. The tragicness of the subject of discourse on the discursive perspective can be conceived in the paradox of the functioning of the mechanism of interpellation, which gives rise to the subject: while he believes to be autonomous and free, has his freedom entangled in economic or social determinations. To this subject taken as "descriptive evidence" of ideology, we oppose the subject that constitutes the discourse. The latter offers resistance to the tragic destiny of idealism whose function is to try to erase other possible meanings. Although the interpellation by ideology masks the material character of meaning - imposing the transparency of meaning, the single meaning -, Pêcheux (1988b, p. 255) brings an alert about the possibility of resistance and revolt within the process of subjection, because, for him ideology exists "under the modality of division, it only takes place in the contradiction". The ideological shift, the unpredictable, interrupts the perpetuation of the repetitions of ideological ritual. This event, from the perspective of psychoanalysis - which conceives the subject as divided and not centered - allows us to understand the subject of discourse under the dimension of "effect of the signifier" (Lacan, 1998, p. 196) and leads us to conclude that subjectivity is a place that fulfills a dual function: evidencing the subjection one and the subversion of this, breaking the vicious circle of idealism, thus interrupting the tragic destiny of the subject captured by the ideological interpellation.


Los conceptos de discurso y fatalidad en la actualidad llévanos a los conceptos de ideología y de sujeto. Utilizamos la perspectiva teórica del Análisis del Discurso de Michel Pêcheux (1988b), para analizar la constitución del sujeto bajo efecto de sentidos entre interlocutores determinados histórico-socialmente e interrumpidos por la ideología. La fatalidad del sujeto del discurso bajo la perspectiva discursiva puede ser concebida en la paradoja del funcionamiento del mecanismo de interrupción, que origina el sujeto: este, al mismo tiempo en que se cree autónomo y libre, tiene su libertad enredada en determinaciones económicas o sociales. A este sujeto tomado como "evidencia descriptiva" de la ideología contraponemos el sujeto que se constituye en el discurso. Este último ofrece resistencia al destino trágico del idealismo cuya función es intentar borrar otros posibles sentidos. Aunque la interrupción por la ideología enmascare el carácter material del sentido - imponiendo la transparencia de sentido, el sentido único -, Pêcheux (1988b, p. 255) trae un alerta sobre la posibilidad de resistencia y revuelta dentro del proceso de sometimiento, porque, para él, la ideología existe "bajo la modalidad de la división, ella se realiza solo en la contradicción". El desplazamiento ideológico, el imprevisible, interrumpe la perpetuación de las repeticiones del rito ideológico. Este suceso, bajo la perspectiva del psicoanálisis - que concibe el sujeto como dividido y no centrado -, permite comprender el sujeto del discurso bajo la dimensión de "efecto del significante" (Lacan, 1998, p. 196) y llévanos a concluir que la subjetividad es un lugar que cumple doble función: la de evidenciar el sometimiento y la de evidenciar la subversión de este, rompiendo el círculo vicioso del idealismo, interrumpiendo el trágico destino del sujeto capturado por la interpelación ideológica.


Les notions de discours et tragédie d'aujourd'hui nous renvoient aux concepts de l'idéologie et du sujet. Nous utilisons la perspective théorique de l'Analyse du Discours, de Michel Pêcheux (1988b), pour examiner la constitution du sujet sous l'effet du sens entre interlocuteurs socio-historiquement determinés et interpellés par l'idéologie. La tragédie du sujet du discours sous la perspective discursive peut être conçue dans le paradoxe du fonctionnement du mécanisme d'interpellation, qui donne lieu au sujet: le sujet a sa liberté emmêlé dans des déterminations économiques ou sociaux, au même temps qu'il se croit indépendent et libre. À ce sujet considéré comme une «preuve descriptive¼ de l'idéologie, nous comparons le sujet qui s'est conçu dans le discours. Ce dernier offre une résistance au destin tragique de l'idéalisme dont la fonction est d'essayer de supprimer d'autres sens possibles. Bien que l'interpellation par l'idéologie déguise le caractère matériel du sens - en imposant la transparence du sens, le sens unique -, Pêcheux (1988b, p. 255) apporte un avertissement sur la possibilité de résistance et de rébellion dans le processus de sujétion, car, pour lui, l'idéologie existe «sous la modalité de la division, elle ne se réalise que dans la contradiction¼. Le changement idéologique, l'imprévisible, interrompt la perpétuation des répétitions du rituel idéologique. Cet événement, du point de vue de la psychanalyse - qui conçoit le sujet comme divisé et pas centré - permet de comprendre le sujet du discours sous la diménsion de «l'effet du signifiant¼ (Lacan, 1998, p. 196). Cet événement nous amène, aussi, à conclure que la subjectivité est un endroit qui répond à double fonction: mettre en évidence la sujétion et mettre en évidence son subversion, en faisant rompre le cercle vicieux de l'idéalisme, en arrêtant le destin tragique du sujet capturé par l'interpellation idéologique.


Subject(s)
Psychoanalysis , Philosophy
2.
Memorandum ; 28: 132-144, abr. 2015.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-915296

ABSTRACT

O objetivo deste artigo é refletir sobre o letramento a partir das contribuições da Análise do Discurso de tradição francesa e da Psicanálise lacaniana. Procuramos mostrar como, ao resistir ao discurso da ciência, adultos analfabetos afirmam seu letramento pela capacidade de elaborar narrativas que lhes asseguram autoria dos seus próprios dizeres; narrativas em que o narrar é equivalente ao narrar-se, ou seja, à construção da subjetividade. De nosso ponto de vista, ao tornar possível ao sujeito que faça "um", estabelecendo uma unidade transitória e ilusória entre a linguagem e o mundo, a narrativa permite a emergência da autoria e da singularidade do sujeito. Opõe-se ao discurso científico que tem como materialização máxima o discurso da lógica.(AU)


The aim of this paper is to pinpoint some aspects on literacy, departing from the contributions of French Discourse Analysis and Lacanian psychoanalysis. We intend to highlight how illiterate adults can assume their literacy as they construct narratives and, extensively, affirm the authorship of their own speaking by resisting to the scientific discourse. It is pointed out that, in these narratives, stating is equivalent to self-narrating; in other words, it is equivalent to bring about subjective characteristics. From our point of view, by making it possible for the subject to become "one", in Lacanian terms, the narrative allows the emergence of the authorship and of one?s singularity, and it is the opposite of the scientific discourse which, founded in the logical discourse, constructs the idea of a universal subject. (AU)


Subject(s)
Authorship , Narration , Psychology
3.
Rev. SPAGESP ; 12(1): 79-87, jun. 2011.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-606105

ABSTRACT

A igualdade imposta pelo discurso do Direito, juntamente com obrigações na origem do dizer, trazem o sentido único e ignoram as desigualdades sociais, excluindo sujeitos com baixo grau de letramento. Essa prática é observada neste artigo sob as perspectivas das teorias da Análise do Discurso, do Letramento e da Psicanálise, de modo que se possa vislumbrar, na constituição do sujeito, o paradoxo da coexistência da igualdade na desigualdade.


Equality, imposed by the discourse of law, together with an obligation in the origin of saying, turns the sense homogeneous and ignores the inequality within social formations, excluding subjects with low literacy degree. This practice is observed in this article from the perspectives of Discourse Analysis, Literacy and Psychoanalysis of the theories, so that the paradox of coexistence of equality in inequality in the constitution of the subject may be considered.


La igualdad impuesta por el discurso de la ley, junto con la obligación de decir, lleva al sentido único e ignora la desigualdad social, la marginación de las personas con bajo nivel de letramento. Esta práctica se observa en este artículo desde la perspectiva de las teorías del Análisis del Discurso, del Letramento y del Psicoanálisis, para que podamos vislumbrar la paradoja de la coexistencia de la igualdad en la desigualdad en la constitución del sujeto.


Subject(s)
Psychoanalysis
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL